Centro Histórico do Porto abandonado e degradado
[cincopa AMFA9j6-J2x_] Assinalando o Dia Nacional dos Centros Históricos os autarcas da Coligação Democrática Unitária realizaram uma visita de trabalho ao Centro Histórico do Porto, nomeadamente às freguesias da Sé e de S. Nicolau. O Vereador Rui Sá, acompanhado de outros eleitos das freguesias do Centro Histórico e da Assembleia Municipal percorreram as ruas antigas desde o Terreiro da Sé até à Praça da Ribeira, passando por sítios como S. Sebastião, Aldas, Pena Ventosa, Santana, Banharia, Mercadores e Barredo, contactando directamente com os seus moradores.
De acordo com o Vereador da CDU “as pessoas aqui vivem mal e a sua situação tem piorado nos últimos tempos”. Alertou ainda que“Andam pessoas iludidas com a movida nocturna no centro do Porto, como se isso significasse a reabitação do centro histórico”.
Durante o percurso, os exemplos desta “política errada” e do “menosprezo” por esta zona da cidade vão surgindo: uma antiga oficina de música da extinta Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto (FDZHP), na Rua da Pena Ventosa, está hoje sem ocupação; um edifício com janelas e portas totalmente tapadas com plásticos brancos entristece o Largo da Pena Ventosa; uma sucessão de casas esventradas faz pensar que na Rua dos Mercadores há mais casas vazias do que gente.
Ao mesmo tempo existe um número significativo de casas, propriedade da Câmara e que foram reabilitadas pelo extinto CRUARB que permanecem fechadas e vazias. Para Rui Sá, é particularmente grave que existam casas reabilitadas pela CMP, prontas a habitar, mas que se encontram devolutas. Só em São Nicolau 30 habitações.
A contribuir para o esvaziamento do centro histórico, estão também a estratégia da Porto Vivo – Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), que não está direccionada para o arrendamento a preços sociais, e a política de “expulsão” de pessoas para os bairros municipais. “A Câmara do Porto, directamente, pela FDZHP, que se encontra em processo de liquidação, ou pela SRU, já expulsou mais moradores do centro do Porto do que aqueles que passaram a viver em casas reabilitadas pela SRU”.
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