Relatório de Contas da CMP de 2011 confirma brutal redução do investimento na cidade
Em conferência de imprensa, realizada no dia 30 de Abril, a CDU publicou a sua apreciação do Relatório de Contas da Câmara Municipal do Porto, onde concluiu que a coligação PSD/CDS acentuou o empobrecimento da cidade juntando mais austeridade à austeridade.
Os documentos apresentados pela CMP confirmam, na opinião da CDU, a mistificação em torno dum pretenso equilíbrio das contas públicas, feito à custa da redução no investimento e no número, das remunerações e direitos dos trabalhadores municipais, com a «ajuda» dos últimos orçamentos de Estado. Ao mesmo tempo aumentou o custo com as concessões de serviços municipais a privados e outras externalizações de serviços.
O resultado positivo propagandeado, de 9,4 milhões de euros, mostra isso mesmo. Este resultado foi obtido quase exclusivamente à conta da redução dos custos com o pessoal em 6,3 milhões de euros
Entre os principais traços que caracterizam a execução orçamental de 2011 destaca-se:
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A rubrica de aquisição de bens e serviços tem vindo sistematicamente a aumentar nos últimos anos, nomeadamente devido ao aumento da aquisição de serviços.
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O investimento nos bairros municipais tem vindo a descer sistematicamente, desde o início do mandato.
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A conservação dos espaços verdes dos Bairros Municipais também sofreu uma redução de quase 1,6 milhões de euros, que se nota com a progressiva degradação destes espaços, o que implicará a prazo mais custos devido a maiores necessidades de investimento na sua requalificação.
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Simultaneamente, a despesa corrente continua a aumentar, apesar da redução continuada nos custos com o pessoal, devido ao custo das concessões a privados, que são cada vez mais onerosas para o município.
Estes documentos confirmam, a pouco mais de um ano do final do seu último mandato, que a gestão pobre, pequenina, sem ambição, de Rui Rio e da coligação PSD/CDS, nos deixará uma cidade com menos comércio, com menos gente, desertificada e envelhecida. Rui Rio e os partidos da direita não ficarão na história do Porto por bons motivos.