10 anos de gestão municipal pela coligação PSD/CDS: uma década de retrocesso no Porto
A coligação municipal PSD/CDS realizou (mais) uma iniciativa propagandistica para assinalar 10 anos da sua gestão da Câmara Municipal do Porto. A propósito deste tema, a CDU – Coligação Democrática Unitária sublinha as seguintes considerações:
Os dez anos de mandato de Rui Rio foram um tempo de retrocesso para a cidade do Porto, com perda da população residente e progressivo envelhecimento. A crise económica, nomeadamente no comércio tradicional e as carências habitacionais foram agravadas.
Neste período evidenciam-se as seguintes linhas de actuação política:
1. A alienação dos principais equipamentos e serviços municipais a privados, ao serviço dos interesses do grande capital com interesses na cidade e com a escolha de parceiros cuja fiabilidade veio a comprovar-se duvidosa:
2. Uma gestão anti-social: os processos de aumentos ilegais, abruptos e brutais das rendas dos bairros municipais, a política de redução da oferta de habitação social municipal, com a demolição de alguns bairros. O continuado ataque aos trabalhadores municipais é também parte integrante da actual gestão da coligação municipal PSD/CDS;
3. Uma gestão anti-democrática: a imposição de um regulamento inconstitucional sobre propaganda política e a imposição de cláusulas censórias nos apoios municipais a produções de tipo artístico e cultural.
4. Uma gestão baseada no mito do «equilíbrio das contas do município» e de um falso rigor orçamental, que resultou na aplicação de um verdadeiro plano de austeridade à cidade,
5. Uma gestão que estimulou a conflitualidade com as forças vivas da cidade, nomeadamente na área da cultura, e deixou ao abandono o movimento associativo popular.
6. Uma gestão concordante com as piores decisões com impacto no Porto dos sucessivos governos: no actual contexto de políticas nacionais de ataque às funções sociais do Estado e ao Poder Local Democrático.
A CDU alerta os portuenses que os últimos anos de mandato da coligação PSD/CDS trarão uma nova ofensiva de propostas gravosas para cidade e que condicionaram as opções políticas de futuros executivos municipais. A situação impõe a mobilização dos portuenses para uma ruptura clara com as políticas de direita a nível local e a nível nacional, usando o seu direito ao protesto e à indignação, com a confiança que existem alternativas às políticas que está a ser seguidas.