PCP questionou governo sobre a ruptura de stock de títulos Andante com impacto negativo nos transportes da Área Metropolitana do Porto
O PCP apurou que o stock de títulos Andante entrou em ruptura e que essa situação leva a que muitos utentes não consigam usar o Metro do Porto.
Na pergunta que foi hoje endereçada ao Ministério do Ambiente, é possível ler:
“Nesta última semana a situação assumiu contornos particularmente graves nas estações centrais da cidade do Porto, onde a procura é mais elevada, sobretudo com o afluxo de turistas nos meses de Verão. A título de exemplo: nas estações Aliados e Faria Guimarães, nenhuma máquina tem títulos Andante para venda ao público. Nas restantes estações, como Bolhão ou São Bento, apenas algumas máquinas tem títulos para venda. A situação é tão grave que para evitar que o mesmo sucedesse na Estação da Trindade, foram “desviados” bilhetes de outras máquinas situados na Maia, Póvoa de Varzim, etc.
Refira-se que na maioria destas estações não existe alternativa para aquisição de títulos e que mesmo nas lojas Andante o stock de títulos estará perto do fim. Note-se também que durante o fim-de-semana as lojas Andante apenas estão abertas ao sábado de manhã.
Este é um problema da responsabilidade da entidade que gere o sistema Andante e que encomendou novos títulos, com novo grafismo, mas não acautelou o seu fornecimento atempado.
Pela segunda vez num curto espaço de tempo, uma decisão tomada pela Transportes Intermodais do Porto (TIP), causou grandes transtornos aos utentes do sistema Andante (recorde-se o sucedido com a fiasco causado pela súbita substituição Payshop/Pagaqui).
Acresce ainda o facto das máquinas em causa estarem em “fim de vida”, degradadas, sendo já difícil encontrar peças no mercado para assegurar a sua manutenção. Não obstante este facto, a TIP terá decidido cortar no serviço de manutenção das mesmas, pelo que há já vários meses que não existem equipas para manutenção ao fim-de-semana.
Estes factos são sintoma de uma gestão que não zela pelos interesses dos utentes nem da região, privilegiando apenas aspectos economicistas.
Estas situações demonstram também que é preciso um investimento imediato nos transportes públicos da região, nomeadamente na renovação das máquinas de venda de títulos, algo a que a proposta de “municipalização” do Governo não dá resposta.
São quatro as perguntas dirigidas ao Ministério:
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“Tem o Governo conhecimento da ruptura de stock dos títulos Andante e do impacto negativo causado por esta situação?
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Que medidas urgentes pensa o Governo tomar para garantir que os utentes do Metro do Porto não são privados de utilizar o sistema?
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O número de locais a que um utente do Andante se pode dirigir para atendimento é, na opinião do Governo, satisfatório?
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Que medidas pensa tomar para garantir o funcionamento de balcões de atendimento durante o fim de semana?”
Gabinete de Imprensa da DORP do PCP
25 de Julho de 2016