Caixa Geral de Depósitos encerra agência da Pr. Liberdade e aponta mais encerramentos para breve
A Administração da Caixa Geral de Depósitos, suportada em opções estratégicas subscritas por sucessivos governos, tem vindo a concretizar um vasto conjunto de opções com consequências profundamente negativas na qualidade do serviço prestado, pondo em causa os objectivos que devem estar inerentes a um banco público ao serviço do desenvolvimento do país.
Um dos aspectos mais graves das opções assumidas prende-se com o significativo encerramento de agências. Segundo chegou ao conhecimento do PCP, na próxima 6ªf, dia 11, a CGD encerrará a agência da Praça da Liberdade e em breve pretende encerrar mais 2 agências, nomeadamente com a fusão de Antas e Paranhos. Estes casos, a concretizarem-se, somam-se a 10 encerramentos realizados desde 2012 – Serpa Pinto, Loja do Cidadão, Areosa-Igreja, Francos, Júlio Dinis, Campo Alegre, Ramalde, Alameda das Antas, Santos Pousada e S. João de Brito.
Desta forma, pretende-se encerrar um total 13 agências na cidade do Porto, o que corresponde a mais de um terço das 35 agências existentes no concelho antes do início do processo de encerramentos.
O encerramento de agências tem consequências um pouco por todo o país e afecta grande parte do distrito do Porto.
Subjacente aos encerramentos de agências está a concretização do designado “Plano Horizonte”, que tem como perspectiva a redução em 2000 trabalhadores, agravada com a imposição de condições lesivas dos interesses dos trabalhadores implicados.
O PCP alerta para os verdadeiros objectivos das orientações levadas a cabo pela Administração da CGD e por sucessivos governos, que visam abrir negócio para a banca privada. Pelo contrário, à CGD cabe um papel de serviço público, corresponde aos interesses da economia nacional e do desenvolvimento do país, capaz de cumprir o acesso aos serviços bancários às populações.
Perante a gravidade da situação descrita, a que se junta o ataque a muitos outros serviços públicos nos últimos anos, o Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República vai confrontar o Governo acerca desta matéria.
O PCP apela ao desenvolvimento da luta dos trabalhadores e das populações e reitera o seu compromisso de intervir ao nível político e institucional em defesa de um novo rumo para a CGD, correspondente ao desenvolvimento económico, ao interesse de Portugal e dos portugueses.
Porto, 8 de Março de 2016
A Direcção da Organização da Cidade do Porto do PCP