CDU defende necessidade de ampliação da Biblioteca Municipal
No dia 17 de Junho os eleitos na Câmara Municipal do Porto e na Assembleia realizaram uma visita às instalações da Biblioteca Pública Municipal do Porto para conhecerem as condições de trabalho deste importante equipamento cultural do município do Porto. Durante a visita os eleitos da CDU puderam constatar que um dos problemas mais prementes é a falta de espaço para receber novas publicações, nomeadamente aquelas que são recebidas ao abrigo do Depósito Legal.
Os técnicos da biblioteca estão a aproveitar tudo aquilo que é espaço disponível e foram sendo criados pequenos anexos para tentar dar alguma resposta”. Os livros vão sendo arrumados, mas já não ficam acessíveis, aos técnicos e consequentemente ao público. A BPMP sofre assim o resultado de mais de uma década de total desprezo, por parte de Rui Rio, dos principais equipamentos culturais da cidade do Porto.
A CDU defende que autarquia deve olhar com urgência para os problemas crónicos da Biblioteca Pública Municipal do Porto, nomeadamente a falta de espaço para o depósito de livros e publicações periódicas. O Vereador da CDU, Pedro Carvalho declarou, no final da visita, que “A Biblioteca Municipal recebe 12.000 livros por ano e 50.000 publicações periódicas, em que se incluem os jornais. Já não há mais espaço de depósito. É imprescindível haver uma expansão da biblioteca, nomeadamente da área de depósitos”.
A CDU entende que uma solução podia ser, à semelhança do que se fez no Bolhão, reavaliar o projecto de Eduardo Souto de Moura, apresentado em 2001, parcialmente executado, mas cuja 2ª fase não avançou por falta de financiamento. Posteriormente, durante os mandatos de Rui Rio, a Câmara Municipal não desenvolveu diligências de encontrar outras fontes de financiamento, nomeadamente candidatando a obra aos fundos comunitários.
Os eleitos da CDU identificaram ainda outros problemas, resultantes da falta de investimento nos serviços culturais, que necessitam ser solucionados como a falta de um fundo para aquisição de novos livros, sem o qual o empréstimo domiciliário fica comprometido; a falta de meios técnicos para o restauro e a digitalização” de publicações e a falta de renovação dos técnicos à medida que os mais antigos se vão reformando. Esta ausência de investimento nos equipamentos culturais estratégicos contrasta, pela negativa, com a multiplicação de eventos efémeros destinados apenas a “encher o olho” e a promover a imagem do Vereador da Cultura mas sem que proporcionem resultados duradouros.
O Vereador da CDU irá levar esta questão à próxima reunião de Câmara, uma vez que é necessário clarificar quais serão as opções estratégicas para este equipamento cultural da cidade uma vez que a ampliação e requalificação da BPMP foi uma das promessas eleitorais da candidatura de Rui Moreira.