CDU insiste na urgência da resolução de problemas ambientais nos concelhos de Gondomar e Porto

Os autarcas da CDU Joaquim Barbosa, vereador da Câmara Municipal de Gondomar, e Belmiro Magalhães, membro da Assembleia Municipal do Porto, reuniram no último dia 9 de maio com o Administrador Regional do Norte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a quem expuseram alguns problemas ambientais do concelho de Gondomar, incluindo a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Rio Tinto, cujos efluentes têm implicações directas no município do Porto, na área prevista para o Parque Oriental da Cidade.

No que diz respeito a Gondomar foram referidas as seguintes questões:

• Ausência de uma rede de saneamento nas freguesias do alto concelho, que devia estar concluída há muito, e as graves consequências desse facto para a qualidade da água das diversas linhas de água para onde acabam por ser despejadas grande parte das águas residuais domésticas.

• A deposição de resíduos industrias, normalmente de obras, e de resíduos domésticos de grandes dimensões em lixeiras ilegais, como é o caso das antigas minas de Midões.

• A necessidade de acompanhamento da remoção dos resíduos industriais perigosos depositados em S. Pedro da Cova e a monitorização da qualidade da água, possivelmente contaminada por esses resíduos e pela exploração mineira.

• A fiscalização e controlo da qualidade da água dos rios e ribeiras do concelho bem como o controlo permanente do funcionamento das ETAR e estações elevatórias, no sentido de garantir à população que as mesmas não contribuem para aumentar a poluição, e que as águas residuais são tratadas de acordo com a Lei e as respectivas licenças.

Sobre a ETAR de Rio Tinto (Meiral), os autarcas da CDU fizeram eco das preocupações da população, há muito públicas, sobre os acidentes de funcionamento mais recentes, com descargas de águas residuais directamente para o leito do rio sem quaisquer tratamentos; sobre a necessidade de um controlo apertado da qualidade da água dos efluentes; sobre o impacto destes nas margens do rio incluídas no projecto do Parque Oriental da Cidade do Porto; e sobre a capacidade a ETAR para tratamento das águas residuais da cidade de Rio Tinto.

O representante da APA mostrou receptividade quanto às questões levantadas e confirmou que as questões, mais complexas, relativas ao funcionamento e capacidade da ETAR de Rio Tinto estão a ser estudadas em conjunto, pela APA, pela Câmara de Gondomar, e pela empresa Águas de Gondomar, concessionária da exploração abastecimento de água e de drenagem e tratamento de águas residuais, no sentido de se encontrar uma solução sustentável que preserve o ambiente e o leito do rio. Assegurou ainda que a APA está a monitorizar a qualidade dos efluentes.