Governo canaliza fundos comunitários para grupos com interesses contrários aos da região Norte
As cinco direcções regionais do PCP na zona Norte acusaram nesta segunda-feira o Governo de canalizar as verbas do novo Quadro Comunitário de Apoio para interesses de grandes grupos económicos contrários ao desenvolvimento da região.
A tomada de posição conjunta das estruturas regionais de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragança surge depois de uma reunião, nesta segunda-feira, com o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), em que foi analisada a orientação do investimento público a realizar nos próximos sete anos com os fundos da União Europeia.
As organizações regionais do PCP criticam que entre os onze objetivos temáticos apenas um vise “promover transportes sustentáveis e eliminar os estrangulamentos nas principais redes de infra-estruturas”, com uma dotação de “4,2% do total alocado para Portugal”, suficiente para “executar apenas cerca de um terço das infra-estruturas consideradas prioritárias”.
As direções regionais do PCP apontam uma lista alternativa com mais de 30 projectos para a região Norte. Entre as propostas, constam o desenvolvimento da rede de metro da Área Metropolitana do Porto, a expansão da capacidade de carga e de passageiros do aeroporto do Porto, assim como a duplicação da linha Aveiro-Vilar Formoso e articulação com o porto de Leixões. A reabertura de outras ferrovias, como as linhas do Corgo e do Tua, e a construção de várias rodovias, além da melhoria das ligações a Espanha das zonas de fronteira, constam também dos projectos propostos.
Os comunistas reclamam ainda a canalização de verbas para a valorização da indústria extractiva, nomeadamente no Nordeste Transmontano, da agricultura e para a modernização e desenvolvimento das condições de trabalho nos sectores da metalurgia, têxtil, vestuário e calçado.
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