PCP recomenda ao Governo que assuma manutenção de pontes sobre o Douro

Os deputados do PCP entregaram um projeto de resolução no parlamento que recomenda ao Governo que assuma responsabilidades na conservação e manutenção de três pontes sobre o Douro de ligação entre o Porto e Gaia, foi hoje anunciado.

Em conferência de imprensa, o vereador e candidato da CDU à Câmara do Porto, Pedro Carvalho, afirmou que o projeto de resolução foi entregue na sexta-feira e que visa resolver o problema de conservação e manutenção da ponte ferroviária Maria Pia, do tabuleiro inferior da ponte Luiz I e da ponte rodoviária do Infante.

“Independentemente do atira culpas de responsabilidades entre os municípios do Porto e de Gaia (…), a verdade é que o Estado não se pode isentar das suas responsabilidades no que tem a ver com as pontes no Douro”, que ligam o Porto e Gaia, disse Pedro Carvalho.

Jorge Sarabando, candidato da CDU à Câmara de Gaia, reforçou a ideia, sublinhando que “é necessário responsabilizar as entidades públicas por estes equipamentos que, além do mais, são obras de arte”.

No projeto de resolução, os deputados do PCP lembram que a ponte D. Maria é propriedade da REFER, que, “desde que o serviço ferroviário passou a ser feito pela nova ponte de S. João, deixou de cuidar de forma adequada e minimamente compatível” com a importância que tem aquela travessia, inativa “há 22 anos”.

Relativamente ao tabuleiro inferior da ponte Luiz I, o documento refere que “continua integrado na rede rodoviária nacional e, evidentemente, permanece (e deve continuar a permanecer) sob responsabilidade do Governo, através da Estradas de Portugal, incluindo todas as responsabilidades relativas à sua manutenção e conservação”.

Já a ponte do Infante, embora construída pela Metro do Porto, a empreitada de conservação e manutenção desta travessia rodoviária “não cai, nem deve cair sob a alçada desta empresa de transportes públicos metropolitanos”.

Para os autarcas da CDU o Governo “deve rapidamente dar sinais e explicitar orientações claras que responsabilizem a REFER e a Estradas de Portugal para que estas empresas públicas assumam integralmente as responsabilidades decorrentes do facto de serem proprietárias dessas infraestruturas.

“Quando muitos andam a falar na necessidade de construir mais pontes, mais ligações sobre o Douro, aquilo que devíamos estar a fazer, isso sim, era reivindicar e criar a cooperação necessária entre os dois municípios para que as pontes que existem tenham os necessários investimentos”, frisou Pedro Carvalho.

Jorge Sarabando acrescentou que “antes de se pensar em novos atravessamentos, é preciso cuidar dos que existem”, salientando que, “por outro lado, há outras prioridades” antes da construção de novas pontes que liguem o Porto e Gaia, designadamente a extensão da linha do Metro do Porto até Vila D’Este (Gaia).

Cabe ao Governo determinar ainda à REFER que assuma “o compromisso de fazer uma ligação entre as duas margens diferente, nomeadamente uma ciclovia pedonal”, na ponte D. Maria, e que indicar à Estradas de Portugal que tem que “assumir a conservação das pontes Luiz I (tabuleiro inferior) e do Infante”.

Proposta sobre as pontes de Porto e Gaia

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