Parque Oriental do Porto continua num impasse
A paragem nas obras do Parque Oriental do Porto, com a implementação do projecto em apenas 10 hectares, ao contrário dos 50 inicialmente previstos, motivou a visita do Vereador da CDU e de outros eleitos na Assembleia Municipal do Porto.
Rui Sá lembrou ter sido vereador do ambiente entre 2002 e 2005 e de, no final desse mandato, ter apresentado “um projecto para a construção de um parque oriental que tinha 53 hectares”, mas “aquilo que se verifica neste momento é que foi construído durante o outro mandato, 2005-2009, uma parte do parque oriental apenas com 10 hectares”. No entanto, o actual vereador do ambiente e vice-presidente da câmara, Álvaro Castello-Branco, afirma que face à conjuntura, posteriores investimentos no parque oriental ficariam adiados. Ao mesmo tempo a autarquia do Porto investe no efémero e toma opções políticas erradas na forma de gastar dinheiro, como é o caso das verbas gastas com o circuito da Boavista, que deveriam ser melhor aplicadas.
O contraste entre a paragem do investimento estruturante no Parque Oriental, reduzido a apenas 20% do projecto e a simultaneidade com um evento como as corridas de automóveis da Boavista foi realçado por Rui Sá. Segundo o vereador da CDU estas corridas irão dar à Câmara Municipal do Porto um prejuízo oficial superior a 700 mil euros, mas que poderá ser superior a um milhão de euros de dinheiros públicos se considerarmos o subsídio de 1,4 milhões de euros do Instituto do Turismo. Como afirmou o Vereador da CDU, “as opções políticas de Rui Rio na forma de gastar dinheiro são completamente erradas, investindo-se no efémero, que são dois fins-de-semana, em vez da obra que perdura e permite a sua fruição pelos habitantes”,