Análise da CDU à Conta de Gerência do Município do Porto em 2010

Em conferência de imprensa realizada no passado dia 25 de Abri a CDU apresentou a análise à conta de gerência da Câmara do ano de 2010. A análise aprofundada deste documento desmente cabalmente a versão “cor-de-rosa” que o Dr. Rui Rio e a coligação PSD-PP fizeram publicar na revista municipal “Porto Sempre”.

O vereador da CDU Rui Sá e o deputado municipal Pedro Carvalho destacaram seis traços fundamentais neste documento:

1. O pretenso “equilíbrio financeiro” é conseguido à custa da brutal redução do investimento sem existir uma redução estrutural de despesas de funcionamento. É o caso, por exemplo, em que uma diminuição da rubrica “Despesas com Pessoal” é ultrapassada pelo aumento de “Aquisição de Serviços Externos”.

2. Em tempo de profunda crise social impõem-se brutais aumentos de rendas dos bairros municipais, enquanto que diminui fortemente o investimento na sua reabilitação.

3. Ao contrário do que diz a propaganda do Dr. Rui Rio, a dívida de curto prazo a fornecedores aumentou significativamente.

4. Ao mesmo tempo que há uma diminuição dos investimentos realizados pelas empresas municipais, aumentam as transferências para pagamentos dos custos de estrutura das empresas municipais.

5. A privatização dos serviços de limpeza urbana, ao contrário do que afirma a propaganda do dr. Rui Rio, não se traduziu em poupança. Os núumeros mostram que ao mesmo tempo que houve uma redução do volume de resíduos urbanos, os custos de pagamento com a concessão dos serviços de limpeza subiram 8,2%.

6. A receita registou uma diminuição de -5,5% relativamente a 2008.

Constata-se, assim, que as Contas da Câmara Municipal do Porto de 2010, embora afectadas por sinais da crise económica e social que se vive no País e na Cidade, são, principalmente, consequência da incapacidade e dos erros políticos que têm caracterizado a governação da coligação PSD/CDS, com sérias consequências na vida dos Portuense e na afirmação do Porto. E que essas Contas são, também, demonstrativas de que, ao contrário do que apregoam, a gestão “rigorosa” e “poupada” de Rui Rio e da coligação PSD/CDS, afinal é despesista e mal gerida em aspectos fundamentais e apenas consegue o “equilíbrio” financeiro à custa da brutal redução do investimento e do aumento dos sacrifícios das populações mais desfavorecidas. Ou seja, um PEC à “moda do Porto” e à medida dos interesses da coligação PSD/CDS. Por este motivo, os eleitos municipais da CDU irão votar contra este documento.

Ler aqui texto integral da conferência de imprensa.

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