Injustiça (mais uma) contra os trabalhadores municipais

 

Centenas de trabalhadores da CMP têm vindo a ser notificados de que, devido a infracções cometidas na assiduidade de 2008, lhes vão ser subtraídos no vencimento do Mês de Novembro e seguintes, consoante os casos, os valores correspondentes às mesmas, que vão de 20 a 500 euros.

Esta acção extemporânea, decidida de forma arbitrária sem que previamente tenha sido sequer informado ou discutido com cada um dos trabalhadores visados, para confirmar ou não a veracidade das infracções cometidas, é absolutamente reprovável, tendo gerado justamente a revolta e indignação, confirmando que a maioria camarária PSD/CDS e Rui Rio vão prosseguir e agravar as políticas erradas conduzidas em relação aos trabalhadores municipais.

Para além de muitas das falhas imputadas não serem responsabilidade dos trabalhadores, nomeadamente as avarias nos equipamentos de registo da assiduidade, há outras que os trabalhadores garantem não corresponderem a qualquer infracção, não havendo justificação para as mesmas.

Assim, onde está a tão proclamada visão de que a DMRH “deverá ser um padrão de referência na Administração Publica (Nacional e Europeia) em termos de eficiência, inovação e capacitação organizacional dos recursos humanos.”?

A má fé da actual maioria, é confirmada pela Directora Municipal ao afirmar que o levantamento das chamadas infracções terá ficado concluído em Julho, mantendo o assunto em segredo e deixando para depois da eleições autárquicas a sua cobrança coerciva, a pretexto de fazer coincidir com o pagamento do subsídio de natal, período que muitos trabalhadores aproveitam para poderem fazer frente às dificuldades acumuladas durante o resto do ano.

A célula do PCP na Câmara considera que se está perante uma decisão prepotente e arbitrária, e que através dos seus eleitos municipais, nomeadamente do seu vereador Eng.º Rui Sá, irá abordar o assunto na próxima reunião da Câmara.

Ao mesmo tempo apela a que os trabalhadores municipais não se conformem com esta situação, exigindo, unidos, a anulação destas medidas e o apuramento concreto de cada situação.

Mais uma vez a unidade e determinação dos trabalhadores é essencial para a defesa dos seus direitos na luta contra esta injustiça.

Os trabalhadores, como sempre, contam com o PCP e os eleitos Municipais da CDU nesta sua justa luta.

Porto, 23 de Novembro de 2009

A Direcção da Organização da Cidade do Porto do PCP

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