Elisa Ferreira deve clarificar a sua posição sobre o Presidente da Junta de Freguesia da Sé

 

A CDU – Coligação Democrática Unitária desafia Elisa Ferreira a explicar o seu posicionamento sobre a recandidatura do actual Presidente da Junta de Freguesia da Sé, arguido com julgamento marcado por utilização indevida de dinheiros públicos.

Não obstante as dúvidas que voluntariamente o PS procurou lançar sobre esta questão, constata-se que José Teixeira é novamente o candidato deste partido ao cargo de Presidente da Junta de Freguesia da Sé. Refira-se que o actual Presidente da Junta de Freguesia da Sé, que agora se recandidata, foi constituído arguido e tem julgamento marcado por se ter considerado provado que, no exercício das suas funções autárquicas, cometeu a ilegalidade de “obter um empréstimo” de dinheiros da Junta de Freguesia a título de adiantamento – o que configura o crime de “peculato de uso”.

Ou seja, e ao contrário do que diz o Presidente da distrital do PS, Renato Sampaio, o candidato do PS à Presidência da Junta de Freguesia da Sé, servindo-se do cargo de Presidente da Junta, decidiu utilizar verbas da autarquia para satisfazer necessidades próprias, o que, para além da ilegal, põe em causa princípios éticos que deveriam estar presentes no exercício de quaisquer cargos públicos (e, naturalmente, a ética não se mede pelos valores em causa mas sim pelos actos praticados).

A candidata do PS à Presidência da Câmara Municipal do Porto, Elisa Ferreira, em panfletos que tem vindo a subscrever relacionados com as candidaturas às freguesias, escreve que:

A equipa de candidatos socialistas às Juntas de Freguesia do Porto combina experiência e juventude, continuidade e inovação, mas é constituída por pessoas competentes e trabalhadoras, por pessoas conhecedoras das necessidades da Cidade e de cada uma das suas freguesias”.

Desse modo, a CDU desafia Elisa Ferreira a esclarecer os Portuenses se se revê na candidatura de alguém que é arguido e tem julgamento marcado por estar provada a utilização de verbas públicas em proveito próprio (servindo-se do seu cargo autárquico para o fazer), ou se se demarca desta candidatura (e, nesse caso, importa conhecer os efeitos práticos dessa demarcação).

Caso não clarifique a sua posição, a CDU considera que Elisa Ferreira é cúmplice de uma situação de que, objectivamente, o Porto não se orgulha, deitando assim por terra

o discurso que tem vindo a proferir no sentido de querer credibilizar a actividade política e a imagem da Cidade.

Porto, 21 de Agosto de 2009

A CDU – Coligação Democrática Unitária / Cidade do Porto

 

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