CDU apresenta candidatos aos orgãos autárquicos municipais do Porto
Decorreu, no passado Domingo, dia 19 de Julho, no Largo Dr. Pedro Vitorino (junto ao Terreiro da Sé), em pleno coração do Centro Histórico do Porto, a sessão de apresentação dos primeiros candidatos da CDU aos orgão municipais do Porto. Foi neste local, escollhido pelo seu simbolismo de “berço” da cidade do Porto, situado à sombra da vetusta catedral românica e abrindo-se à bela paisagem do Douro e do Centro Histórico, que Manuel Loff, mandatário concelhio da candidatura da CDU fez, perante a presença de várias dezenas de activistas e simpatizantes da CDU, a apresentação dos primeiros candidatos à Câmara e à Assembleia Municipal.
Na sua intervenção Rui Sá, candidato à Presidência, caracterizou a actual postura de Rui Rio como uma tentativa desesperada de escamotear os fracassos, apresentando agora promessas que são as que não cumpriu durante o mandato. Rui Sá chamou também a atenção para o fracasso do modelo da Sociedade de Reabilitação Urbana. “Sempre dissemos que não era o modelo” adequado para recuperar a cidade. “Cinco anos depois, basta percorrer estas ruas para perceber o fracasso”.
Exemplificando com os casos do Bolhão, do Mercado do Bom Sucesso, do Mercado Ferreira Borges, do Pavilhão Rosa Mota, do Palácio do Freixo e do Parque da Cidade caracterizou a actuação de Rui Rio, cujo absoluto traço fundamental é entregar equipamentos e serviços aos privados, desbaratando de qualquer maneira o valioso património da cidade que numerosoas gerações de portuenses conseguiram construír. Apontou ainda as contradições do discurso de Rui Rio que enquanto prega o rigor, gasta dinheiro do erário público para fins partidários deslocando funcionários camarários para acções de campanha “em horário de serviço” com Manuel Ferreira Leite.
Sobre a candidatura patrocinada pelo PS considerou que está “ferida de morte” porque a dupla candidata independente Elisa Ferreira diz que ama o Porto, “mas não fica se não for eleita presidente”, porque diz que é independente e não se responsabiliza pelo que o PS fez até agora, mas “está defendida pelo secretário-geral do PS”. Mas também porque o PS “foi suporte às medidas legislativas” da coligação PSD/CDS-PP. E tem nas suas fileiras um secretário de Estado (Manuel Pizarro, adjunto da Saúde), capaz de “vender” um voto a favor do projecto da maioria para o Bolhão “por um prato de lentilhas”: haver “um socialista na comissão de acompanhamento”.