Obras sem fim à vista na Rua de Costa Cabral (com video)
As obras sem fim à vista na Rua de Costa Cabral estão a fazer desesperar moradores e comerciantes desta importante artéria portuense. Com a maior parte da rua esventrada e o trânsito cortado durante mais de cinco meses, desde a Rua de Santa Justa até à Areosa, o movimento do pequeno comércio de proximidade caiu a pique. Numa artéria tradicionalmente de muito movimento de pessoas, devido ao transbordo das paragens de autocarros, a retirada dos transportes públicos desta artéria afastou os clientes habituais e trouxe dificuldades acrescidas ao comércio local. Mas a pior notícia chegou agora: As obras cujo fim estava previsto para Janeiro vão prolongar-se por mais cinco meses.
Para se inteirar da situação vivida por moradores e comerciante, o vereador da CDU na Câmara Municipal do Porto, Rui Sá, esteve ontem de manhã na Rua de Costa Cabral. Nesta visita participou também Joaquim Pinto, eleito da CDU na Junta de Freguesia de Paranhos, na Assembleia Municipal eoutros activistas da CDU de Paranhos.
Rui Sá recordou que a ambição de reabilitar uma das artérias mais movimentadas do Porto é antiga, uma vez foi no mandato do socialista Nuno Cardoso que a reparação do pavimento de Costa Cabral surgiu incluída numa lista de obras em arruamentos candidatos a uma linha de crédito governamental por causa dos estragos causados pelas intempéries. “A rua foi cortada em 2001, mas, quando começou a levantar-se o pavimento, detectou-se que as infra-estruturas estavam deterioradas”. O dinheiro só chegava para a asfaltar. Então, a Autarquia faseou a obra por troços.
A data de conclusão da empreitada, garante o eleito da CDU na Junta de Paranhos, Joaquim Pinto, foi revista pela Câmara e a previsão actual é final de Junho. “Da maneira como a rua está interrompida, se houver um incêndio, não passa sequer um carro de bombeiros”, alerta, recordando que, há cerca de dois anos, a artéria foi esventrada até ao Alto da Areosa para reparar condutas de águas pluviais mas, num exemplo de completa descoordenação da obra, parece que vai ter que ser aberta novamente para instalar novas condutas de saneamento.
Preocupado com a situação vivida por estes comerciantes, Rui Sá apresentará na próxima reunião de Câmara algumas propostas para minimização dos impactos sociais negativos destas obras.