Audição pública sobre a vida cultural e artística no Porto

Os sinais da completa falência da política cultural do actual governo sucedem-se a um ritmo avassalador:

As recentes notícias sobre o abandono a que o nosso património classificado se encontra votado e sobre previstas iniciativas que podem levar à sua alienação parcial;

A lastimável situação em que se encontram diversos museus, carecidos de pessoal indispensável ao seu pleno funcionamento;

A falta de apoios à criação teatral independente, às artes performativas, ao ensino artístico e à afirmação da cultura portuguesa e dos artistas nacionais no estrangeiro;

Os episódios pouco edificantes em torno das direcções dos teatros nacionais;

As declarações contraditórias da tutela ministerial;

Os sucessivos cortes no orçamento para a Cultura;

A esta realidade vem somar-se, na região do Porto, o vazio duma política autárquica inconsequente, desvalorizadora do movimento associativo, dos agentes culturais e da sua acção, também ela ferida de morte por uma visão  economicista e provinciana da actividade cultural e artística e por um afã de privatização que se abate sobre os equipamentos culturais da cidade.

Perante a necessidade de proceder a um diagnóstico desta situação e das suas causas políticas, assim como para esboçar caminhos para uma política alternativa, a DORP do PCP promove uma audição pública, visando auscultar problemas e discutir soluções. Esta sessão terá lugar no próximo dia 16 de Fevereiro, pelas 21h30, no Auditório da Cooperativa Árvore (Rua Azevedo de Albuquerque, nº1) e contará com a presença de Honório Novo (Deputado do PCP), Rui Sá (Vereador na CMP), José António Gomes e José Luís Borges Coelho.

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