Sobre a situação do “1º de Janeiro”
Na sequência do encontro com os trabalhadores do Primeiro de Janeiro, concentrados à porta das instalações deste jornal por lhes ser impedida a entrada e exercício das funções no seu posto de trabalho, a DORP do PCP entende manifestar: – Completa solidariedade com os profissionais que abnegadamente fazem do Primeiro de Janeiro uma referência do jornalismo plural no nosso País, colocando nas bancas quotidianamente, o mais antigo título diário nacional; – A repulsa por métodos vergonhosos, ameaças, chantagens e mentiras usadas para descartar estes profissionais, informados de uma suposta extinção do seu posto de trabalho, na prática inválida, dado que o diário continua a ser editado com um outro corpo redatorial, e de uma suposta falência que, na realidade, não foi comunicada nas instâncias competentes; – Profundo espanto por tal processo ímpio ser da responsabilidade de um empresário reconhecido como um exemplo de civismo e activismo associativo, detentor de várias empresas, algumas das quais recentemente beneficiadas com fundos do QREN, sendo que surgem agora também, em função de apuramentos da IGT, notícias de irregularidades no preenchimento de mapas fiscais. – Profunda preocupação com o futuro do Jornal que assegura maior cobertura jornalistica à região, particularmente após o encerramento do Comercio do Porto e do ataque centralizador do governo PS à RTP-Porto. Não obstante o PCP se comprometer a questionar a tutela sobre este processo, a DORP do PCP apela às organizações e associações cívicas, populares e sociais, que se associem à defesa do Primeiro de Janeiro, do património que o seu título activamente representa e dos profissionais que diariamente se empenham num jornalismo à altura desta história, que é a do nosso País mas, muito particularmente, da região do Porto. Porto, 5 de Agosto de 2008 |