Pêgo Negro: um retrato do Porto desconhecido e abandonado pela Câmara Municipal

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O vereador da CDU na Câmara do Porto exigiu hoje que a autarquia dê atenção à zona do Pego Negro, considerando ser “inadmissível” que “ainda haja caminhos de cabras para aceder a casas na cidade”. Esta constatação foi feita na sequência duma visita promovida pela CDU à zona de Pêgo Negro, em Azevedo de Campanhã, em que participaram também eleitos na Assembleia municipal e na Assembleia de Freguesia de Campanhã.

Situada na freguesia de Campanhã, aquela zona tem um núcleo habitacional que é fundamentalmente constituído por habitações de carácter rural, que “tem sido abandonado”, disse Rui Sá, que esta manhã visitou a área. Para o Vereador da CDU, é inadmissível que a autarquia gaste milhões de euros na reabilitação da avenida da Boavista e com as corridas na mesma via e não dê atenção àquela zona, onde ainda há caminhos de cabras para se aceder às casas. “Queremos chamar a atenção para o Porto esquecido, que existe e faz parte da cidade e exige uma intervenção por parte da autarquia, que não tem tido”, frisou o vereador. Sá apontou também o problema de existirem “rendas altas (250/300 euros) por casas sem condições de habitabilidade”.

Rui Sá recordou ainda as queixas que a população residente faz aos maus cheiros provocados por “descargas da ETAR de Gondomar para o Rio Tinto”, bem como o facto da ponte que existia sobre aquele rio ter caído, o que “dificulta a circulação das pessoas que, com a construção da A29, ficaram praticamente isoladas e sem acessos”, assim como a ausência de iluminação pública. Aquele núcleo habitacional, lembrou o Vereador da CDU, devia ser abrangido pelo Parque Oriental da cidade, contudo, como ainda só foi feita uma parte desse espaço verde, “as pessoas do Pego Negro sentem-se abandonadas”. O “estado de abandono” em que se encontra a zona vai ser abordado pela CDU na próxima reunião do executivo. “A CDU vai levantar novamente este problema. Exige-se que haja atenção para a zona do ponto de vista municipal”, concluiu.

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